Conhecendo os Alimentos - Carnes Bovina - 1ª Parte
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Dentre as carnes das diversas espécies de mamíferos e aves mais utilizadas na alimentação humana a bovina não é a mais consumida, mas é, provavelmente, a mais valorizada e preferida. O consumo moderado de carne bovina, preparado adequadamente, é uma medida não apenas segura, mas recomendável para a dieta de crianças, adultos e idosos. Estudos comprovam até mesmo que podem ser de algum benefício para a prevenção de doenças crônicas típicas de idosos, como o mal de Alzheimer. Mudanças no padrão de consumo de alimentos que incluem o consumo de pequena ou nenhuma quantidade de carne, podem trazer implicações importantes para o estado nutricional, especialmente no que se refere ao fornecimento de proteína e minerais como o ferro, e devem ser combatidos.
As carnes podem ser mantidas das seguintes maneiras:
Carnes resfriadas: produtos mantidos rigorosamente a temperaturas entre -1,5 e +7°C por todo o tempo seguido do processo pós-morte de resfriamento.
Carnes congeladas: produtos mantidos a temperaturas menores que –12°C após congelamento.
Carnes super congeladas: produtos mantidos a temperaturas menores que –18°C após congelamento
Conferindo a Qualidade
Procure sempre adquirir a mercadoria num local de sua confiança;
Desconfie de carnes em promoção. Nunca compre pensando apenas no preço baixo;
Observe bem o estado da peça. Geralmente, a carne apresenta a cor avermelhada viva e tem de ter consistência ao aperto;
A gordura deve ser branca e firme (se for amarela, é sinal que o animal era velho, portanto, dura);
A aparência deve ser de carne enxuta, que não esteja transpirando ou, pior ainda, melando;
O cheiro deve ser de carne fresca (se tiver cheiro suspeito, recuse-a, pois pode ser prejudicial à saúde);
Compre sempre carne refrigerada. Ela deve estar numa temperatura entre 6°C e 10°C. Nunca adquira carnes que estão expostas à temperatura ambiente, pois o risco de deterioração é grande;
A carne comprada em peça (como a parte traseira ou a dianteira) tem de apresentar o carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Caso a carne esteja fracionada, tem de ser informada a parte específica (maminha, picanha, alcatra, etc.) e o prazo de validade numa etiqueta;
Não enrole a carne em jornal, pois esse tipo de papel não é estéril, podendo provocar contaminação. O ideal é enrolar em papel manteiga e acondicionar em sacos transparentes. É a medida mais higiênica.
Conhecer para não levar gato por lebre:
O boi permite 21 tipos de cortes entre os considerados de "primeira" e os de "segunda". Essas qualificações são geradas pelos próprios cortes; os valores nutritivos são os mesmos. Sua carne é boa fonte de proteína, fósforo, ferro e de vitaminas do Complexo B. A idade do gado abatido influi no sabor e na textura da carne, embora a maciez dependa muito do corte.
Não compre carne em açougues não muito confiáveis. Procure ser cliente de um estabelecimento bom, limpo e onde o açougueiro não seja apenas um cortador de carne, mas um profissional competente. Alguém que saiba cortar a carne confirme as especificações exigidas e que, na falta daquela que você procura, possa orientá-la, com segurança, sobre outro tipo que possa substituí-la, sem problemas.
Comprando de um fornecedor idôneo, você se poupará de receber desagradáveis contra-pesos, que nada têm a ver com o que está sendo pago.
A chamada carne de primeira é retirada de uma parte do animal que é menos exercitada, assim como a de segunda, mais rija, provém das mais exercitadas, tendo uma textura mais desenvolvida; mais forte, portanto, a menos delicada. Ao comprar qualquer um dos tipos, observe se ela está firme e brilhante, com aspecto saudável e levemente úmida. Se tiver gordura, esta deverá ser clara e firme, também.
Para evitar desperdícios, calcule sua compra corretamente. A tabela é esta:
Carne sem osso - 175 gramas por pessoa.
Carne com osso - 300 gramas por pessoa.
Para o churrasco a quantidade aumenta para 500 a 600 g
se for servida apenas a carne ou 400 a 500 g
se for acompanhada por saladas, pães ou mandiocas.
Carne fresca de primeira, segunda ou terceira
As carnes de primeira são o coxão mole ou coxão de dentro, o filé e o filé mignon, o contrafilé, o lagarto, a alcatra e o patinho.
As carnes de segunda são classificadas desta maneira apenas porque são menos macias que as carnes de primeira e você as encontra como acém, fraldinha, paleta, aba, capa de filé e peito.
E as carnes de terceira não podem ser tão saborosas quanto às outras. É o caso das costelas, músculo e pescoço.
Antes de ser posta à venda, a carne bovina sofre um processo de maturação, que a torna mais macia e tenra.
No mercado existem cortes limpos, embalados à vácuo, e congelados, que podem ser conservados até por 60 dias, sem risco de contaminação. É o tipo chamado de carne resfriada. Às vezes sua cor é escura, o que não significa estrago.
Conservação da Carne
A carne fresca estraga rápida e facilmente. Quando não é conservada no refrigerador, oferece campo favorável ao desenvolvimento de micróbios.
Para a conservação da carne fresca, é aconselhável baixa temperatura e baixo índice de umidade. São estas as condições indispensáveis que impedem sua deterioração.
Assim que a carne fresca chega à cozinha, deve ser desembrulhada e colocada numa vasilha limpa. A seguir é preciso que seja coberta sem abafar a guardada na parte menos fria do refrigerador.
Para a conservação máxima do seu valor nutritivo, a carne não deve ser guardada no refrigerador mais de 4 ou 5 dias.
A carne moída deteriore-se mais facilmente do que a carne cortada em pedaços maiores.
Quando não há refrigerador a carne fresca deve ser cozida no mesmo dia em que é comprada. E depois de cozida poderá ser guardada em recipientes cobertos e conservada em lugar fresco.
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Conhecendo os Alimentos - Macarrão
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É um alimento constituído de uma massa fabricada essencialmente com farinha e água, podendo levar também leite, ovos e extratos de vegetais. Esta massa é seca, existindo vários tipos para se idealizar vários pratos culinários, normalmente começando por se cozer a massa em água e separadamente preparando um molho que é serido junto com a massa. Independente do formato e do critério com que é feito, o macarrão é uma das comidas mais exploradas na mesa dos brasileiros.
Mas será que quem gosta da “massa” sabe bem o que está consumindo?
Conheça hoje os seis principais tipos de macarrão
Tipos de Macarrão:
O Macarrão de Sêmola é elaborado com farinha de trigo especial e, portanto, resulta num produto mais claro.
O Macarrão com Ovos é elaborado com a adição de três ovos por quilo de farinha.
O Macarrão Comum é elaborado na forma mais elementar, ou seja, farinha de trigo e água, resultando num produto de preço mais acessível.
O Macarrão Caseiro é elaborado de forma artesanal através da qual a massa é laminada, apresentando maior porosidade e absorção do molho.
O Macarrão Grano Duro é chamado assim porque é elaborado a partir de um trigo especial chamado trigo durum. O Macarrão do tipo Grano Duro fica naturalmente al dente, ou seja, soltinho, porém consistente e ideal para a boa mastigação.
O Macarrão Integral é elaborado com farinha de trigo integral e contém mais fibra em sua composição. Ideal para pessoas que necessitam de dietas especiais e acompanhamento de nutricionistas.
Macarrão é um alimento tão prático de ser preparado e permite tantas variações, que certamente está presente na culinária de todas as culturas e classes sociais. Mas está enganado quem pensa que macarrão é tudo a mesma coisa: existem diferentes formatos, tipos e modos de preparo para obter uma refeição mais saborosa. Confira aqui algumas dicas sobre como escolher o melhor macarrão para o seu paladar.
Formas e Tamanhos Mais Comuns
Gravatinha: Sucesso entre as crianças! Fácil de comer e retém o molho.
Canelone: Aspecto de um cano cortado. Geralmente é recheado e levado ao forno.
Conchinha: Usados em pratos que contenham frutos do mar e também em sopas e saladas. Retém o molho em seu interior.
Lasanha: Tiras largas (retas ou onduladas nas bordas ). Usadas intercaladas com molhos frios ou verduras.
Ravióli: Almofadinhas recheadas com queijos, carne ou verdura.
Espaguete: O mais popular! Comprido, fino, encontrados em vários tamanhos. Serve-se com molhos.
Parafuso: Muito versátil. Vai bem em saladas ou sopas com molho.
Ninho: Fios compridos, enrolados, (muito parecido com um ninho) Perfeito para servir com molhos.
Capelete: Parecido com argolinhas recheadas. Recheios: Ricota, carne ou espinafre.
Cabelo de anjo: Uma espécie de espaguete bem fininho, muito usado com molho de quatro queijos.
Fusili: Também conhecido como macarrão furadinho.
Como Consumir
Massas Secas: Calcule 1,5 litro de água para cada 100 gramas de massa. Adicione sal a gosto e um fio de óleo. Quando a água estiver em franca ebulição, adicione a massa. Mexa suavemente com um garfo, apenas para separar os ninhos. Cozinhe por cerca de 4 minutos ou até que a massa esteja al dente. Escorra a massa, regue com um fio de azeite, acrescente o molho de sua preferência e sirva a seguir.
Dica: Se não for servir a massa na hora, após o cozimento mergulhe a massa em uma panela com água fria ou gelada e um pouco de óleo. Isto interromperá o processo de cozimento. Escorra então a massa, regue com o óleo, misturando para que não grude e reserve até o momento de servir.
Massas Pré-cozidas: Distribua um pouco de molho no fundo da travessa. Acrescente a massa, cobrindo com o restante do molho. Escolha uma das maneiras de aquecer.
No forno: Cubra com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido, em temperatura baixa, por cerca de 20 minutos.
No microondas: Aqueça por 2-3 minutos em potência alta (o tempo pode variar em função de diferenças de modelo e marca de microondas).
Em banho-maria: Coloque uma assadeira com 3 dedos de água sobre a chama do fogão. Coloque dentro a travessa coberta com papel alumínio. Aqueça por cerca de 10 minutos.
Por que algumas pessoas passam o macarrão cozido na água fria?
O macarrão é um alimento que precisa ser consumido logo após o cozimento - da panela ao prato. Este procedimento de passar o macarrão pela água fria é um quebra-galho para quando você não puder servir o macarrão imediatamente após o seu cozimento. Isso é feito porque o macarrão absorve água durante o cozimento e, se não for jogada água fria, o macarrão continuará "cozinhando" com a água absorvida. O resultado desse cozimento além do tempo será uma massa grudenta e fora do ponto. A água fria interrompe esse cozimento.
Outras dicas:
Mantenha o fogo forte do início ao fim do cozimento. O macarrão deve ser sempre cozido "al dente", ou seja, firme e consistente.Também devemos lembrar que seu cozimento continua fora da água, até o resfriamento. O tempo de cozimento do macarrão vem, normalmente, indicado na embalagem. O normal é que leve de 8 a 11 minutos.
Para saber se o macarrão chegou ao ponto certo, não há melhor regra que aquela de extrair um fio e mastigá-lo. Escorra bem o macarrão em um passador e sirva com seu molho preferido.
Não refresque o macarrão em água fria, somente no caso de saladas.
Para cada pessoa, calcule de 80 a 100 gramas de macarrão cru. Como o seu volume triplica depois de cozido, essa quantidade passará para 250 gramas.
Nunca aqueça o macarrão, mesmo que seja em banho-maria.
Não quebre o espaguete para colocar na água.
O macarrão deve ser servido, de preferência, imediatamente após o cozimento.
Para sopas, cozinhe o macarrão até um pouco antes do ponto desejado e coloque na sopa antes de servir.
Como Calcular Quantidades
Massas: Se for servi-las massas como prato único, calcule cerca de 300 gramas por pessoa. Vale lembrar que esta é uma quantidade média, e você pode redimensioná-la de acordo com os hábitos de sua família. Molho e queijo ralado devem ser acrescidos de acordo com a preferência.
Molhos: Em geral calcule ¾ do peso do molho em relação à massa, ou seja, para cada kg de massa utilize 750 gramas de molho. Lembre-se que isto é uma média, e que massas mais miúdas absorvem mais molho que massas maiores.
Se a massa fizer parte de um cardápio variado, com saladas, carnes, acompanhamentos, etc. esta quantidade deverá ser diminuída de acordo.
Um adulto come em média 400 gramas de alimento por refeição.
Em dias mais frios, geralmente come-se uma maior quantidade de massas.
Como Comer – Regras de Etiqueta
Como já foi mencionado anteriormente, os historiadores ainda estão confusos quanto ao local onde teria surgido o macarrão. Como as últimas conclusões nos levam a crer que o mesmo tenha surgido por volta do século IV a.C., inventado pelos etruscos, na antiga Itália. Assim sendo o melhor é respeitar os costumes de lá.
Saber o que comer é fundamental; como comer é essencial! Para não dar vexame na hora de deliciar-se com uma bela massa, resumimos a seguir algumas dicas de especialistas na arte de se portar à mesa:
Comece a enrolar a massa pela borda do prato, para evitar uma garfada grande demais.
Nunca, em hipótese nenhuma, corte o macarrão, é mais difícil comê-lo cortado. Experimente para ver.
É considerado pecado acompanhar macarrão com refrigerante ou cerveja. São permitidos vinhos, especialmente o tinto, e água, que não interferem no sabor do molho.
Não tenha medo de passar o pão para recolher o molho que sobrou no fundo do prato. É sinal de que estava gostoso e soa como um elogio ao cozinheiro.
Nunca sirva um macarrão nadando no molho. Este deve apenas dar um leve sabor ao prato.
Valor Nutricional Macarrão
Descrição do Alimento |
Umidade |
Energia |
Proteína |
Lipídeos |
Colesterol |
Carboidrato (g) |
Fibra |
Lasanha, massa fresca, cozida |
59,6 |
164 685 |
5,8 |
1,2 |
NA |
32,5 |
1,6 |
Lasanha, massa fresca, crua |
45,0 |
220 922 |
7,0 |
1,3 |
NA |
45,1 |
1,6 |
Macarrão, instantâneo |
6,0 |
436 1824 |
8,8 |
17,2 |
NA |
62,4 |
5,6 |
Macarrão, trigo, cru |
10,2 |
371 1553 |
10,0 |
1,3 |
NA |
77,9 |
2,9 |
Macarrão, trigo, cru, com ovos |
10,6 |
371 1550 |
10,3 |
2,0 |
18 |
76,6 |
2,3 |
Dicas e Truques
A massa deve estar al dente. Se cozinhar demais, perde o sabor, fica gosmenta e mais difícil de enrolar no garfo.
O hábito de usar colher para ajudar a enrolar o espaguete surgiu no Brasil - foi uma sugestão dos imigrantes para socorrer nativos atrapalhados. Os especialistas acham demodê.
Não coloque queijo ralado em molhos com peixes ou frutos do mar, pois o gosto ativo do queijo altera o sabor do molho.
Se sobrar um fiozinho para fora da boca, corte-o com os dentes, deixando-o cair no prato.
Uns consideram o babador indispensável; outros, ridículo. O mais adequado é manter o guardanapo na mão esquerda e, a cada garfada, levá-lo ao peito para proteger a roupa.
Com estas dicas você nunca vai ser surpreendido cometendo gafes na hora de comer um belo prato de massas.
Para cozinhar massas: As massas de macarrão, raviolis, nhoques etc., devem ser cozidas em abundante água fervendo.
O macarrão ficará mais gostoso se você acrescentar ao molho raspas de noz moscada.
Arrume a lasanha crua, de véspera, numa vasilha refratária, cubra com leite e leve à geladeira. Coloque a lasanha no forno quarenta minutos antes de servir.
Para fazer macarrão colorido, acrescente à massa: espinafre para massa verde, beterraba para massa rosada ou chocolate em pó para a massa marrom.
Para que o macarrão fique bem soltinho, passe-o ligeiramente em água fria após escorrê-lo.
Para uma excelente macarronada junte gengibre ralado ao parmesão.
Coloque uma colher (sopa) de vinagre na água do macarrão e ele não grudará.
Para evitar que o macarrão fique grudado, use 5 quartilhos de água fervendo para meio quilo de macarrão.
Depois de pronto, passe o espaguete sob água quente, nunca fria, para evitar que fique grudento.
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Conhecendo os Alimentos - Feijão
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Embora muitas pessoas acreditem que leguminosas são legumes, isto não é correto, na realidade, leguminosas são: feijões (preto, mulatinho, manteiga, carioca), grão-de-bico, ervilha, soja, lentilha, fava e tremoço. As leguminosas são importantes por conterem carboidratos, que garantem energia para o funcionamento do corpo e do sistema nervoso e, também, proteínas, que são 'construtoras de tecidos' no organismo. Mas, as vantagens das leguminosas não acabam por aqui, seu alto teor de ferro, vitaminas tipo B e fibras - que fazem o seu intestino funcionar bem - tornam este alimento muito nutritivo.
O feijão (Phaseolus vulgaris L.) é um dos mais importantes componentes da dieta alimentar do brasileiro, por ser reconhecidamente uma excelente fonte protéica, além de possuir bom conteúdo de carboidratos, vitaminas, minerais, fibras e compostos fenólicos com ação antioxidante que podem reduzir a incidência de doenças. A maioria das cultivares de feijão apresenta em torno de 25% de proteína, que é rica no aminoácido essencial lisina, mas pobre nos aminoácidos sulfurados. Essa deficiência, contudo, é suprida pelo consumo dessa leguminosa com alguns cereais, especialmente o arroz, o que torna a tradicional dieta brasileira, o arroz com feijão, complementar, no que se refere aos aminoácidos essenciais.
Que o feijão é um alimento fonte de ferro é verdade, porém, cabe uma consideração: por ser de origem vegetal, ele é pouco aproveitado pelo organismo. Procure, portanto, sempre consumi-lo com alimentos fontes de vitamina C, como suco de frutas cítricas (laranja, limão, acerola, goiaba), pois esta vitamina dá 'um empurrãozinho' para o ferro ser absorvido no intestino.
Benefícios:
Fonte de fibra solúvel e de carboidratos parcialmente digeridos.
O feijão é uma semente com alto valor nutritivo, principalmente ferro.
É um alimento rico em proteínas vegetais.
Possui uma boa quantidade de fibras (cada 100 gramas de feijão apresenta, em média, 19 gramas de fibras).
Além do ferro, possui os seguintes sais minerais (potássio, fósforo e cálcio).
Inconvenientes:
Possui também um alto valor calórico, sendo que 100 gramas de feijão apresenta 330 calorias.
Tem, porém, o inconveniente de requerer aproximadamente 5 horas para ser digerido.
Os tipos
Há muitos tipos de feijão, de tamanhos, cores e sabores diferentes. Estima-se que existam cerca de 180 variedades – 50 delas cultivadas no Brasil. As mais conhecidas são:
Feijão-preto: usado em sopas e feijoadas;
Feijão-roxinho: para saladas, sopas e como acompanhamento;
Feijão-fradinho: também conhecido como feijão-macassar ou feijão-de-corda, usado no preparo de acarajé; Muito utilizado na região Nordeste do país.
Feijão-mulatinho: bom para acompanhamento, embora em algumas regiões seja usado para feijoada;
Feijão-branco: para sopas e saladas, também fica excelente em cozidos;
Feijão-jalo: ótimo para sopas e saladas;
Feijão-rosinha: para acompanhamento; junto com o feijão-mulatinho, são os tipos mais consumidos;
Feijão-rajadinho ou feijão-verde: próprio para acompanhamento;
Feijão-canário: também para acompanhamento;
Feijão-carioca: variedade mais cultivada e consumida pelos brasileiros.
Principais Informações
Época: o ano todo.
Como Comprar: Na hora de comprar o feijão, dê preferência aos grãos mais novos, pois eles cozinham mais rápido, são mais saborosos, têm textura mais macia e conservam melhor suas qualidades nutritivas. Para saber se o feijão é novo, pegue um grão e morda-o; se ele ceder e não quebrar significa que o grão é novo e ainda contém um pouco mais de umidade. Evite comprar grãos quebrados, com muita sujeira ou carunchados. Mas não basta comprar um feijão novo e de boa qualidade; também é preciso armazená-lo adequadamente.
Quanto Comprar: 1 xícara de feijão cru serve três pessoas depois de pronto.
Como Conservar: Para conservá-lo por mais tempo, guarde em recipiente fechado e mantenha em lugar seco.
Uso: Além de acompanhar o arroz, faz parte de inúmeros pratos, tais como: feijoada, feijão tropeiro, tutu à mineira, caldinhos quentes, sopa, ensopados.
Como Limpar: Antes de preparar o feijão, ele deve ser limpo, eliminando-se as pedrinhas e os grãos carunchados. Lave em água corrente e elimine os que boiarem. Pelo método tradicional, deixa-se os grãos de molho por várias horas ou, até, por uma noite inteira antes de cozinhá-los. Isso os deixará mais macios e o seu cozimento será em menor tempo.
Como Consumir: Cozido: Para a maioria dos brasileiros, é a maneira mais utilizada, sendo indispensável durante as refeições.
Preparo do feijão
Escolha o feijão e coloque de molho em água fria durante 12 horas. Estudos foram feitos para verificar se deve-se ou não trocar a água onde o feijão ficou de molho. Concluiu-se que o sabor do feijão é melhor quando a água não é trocada. Existe também o método rápido, coloca-se o feijão numa panela com água, leva-se ao fogo e, assim que levantar fervura, conta-se 2 minutos, retira-se a panela do fogo, deixando-a tampada por 1 hora. Passado o tempo, despreze essa água, coloque outra e inicie o cozimento.
Se for cozinhar em panela normal, proceda da seguinte forma: coloque o feijão na panela, acrescente água (3 vezes a medida de feijão) e leve ao fogo alto. Quando levantar fervura, conte 10 minutos, reduza o fogo, tampe a panela e cozinhe até que os grãos estejam macios. Depois de cozido, tempere a gosto. O tempo de cozimento varia de acordo com a variedade do feijão.
Caso prefira utilizar a panela de pressão, coloque o feijão e a água de forma que o conteúdo (feijão e água) não ultrapasse dois terços de sua capacidade, pois ele forma espuma e pode bloquear a válvula de segurança. São necessários cerca de 30 minutos para cozinhar o feijão sob pressão (incluindo-se aí o tempo para criar e cozinhar sob pressão e o tempo para esfriar a panela lentamente). Depois de cozido, tempere como de costume.
Receita de Feijão com Linhaça e Sal de Ervas
(Receita desenvolvida por Ana Vládia Moreira, nutricionista da UFRN)
Não deixe o feijão de molho de um dia para o outro. Selecione os grãos e adicione aproximadamente quatro a cinco porções iguais de água. O feijão vai para a panela de pressão. Quando começar a ferver, deixe mais dois minutos e está pronta a primeira etapa do cozimento. Para completar o cozimento, sem perder os nutrientes, o feijão fica de molho nesta água quente por aproximadamente uma hora. É o suficiente para que ele fique macio. Enquanto o feijão descansa, prepare o tempero em separado em um refogado. Use os ingredientes a gosto, como alho e cebola, mas não use sal. Em vez de sal comum, prepare um sal de ervas. Misture em porções iguais: orégano, alecrim, manjericão e sal comum. Use temperos já secos. Bata no liquidificador. Acrescente o sal de ervas ao refogado de temperos. Os grãos de linhaça devem ser batidos no liquidificador até que a mistura vire um pó. Depois, esse pó de linhaça é acrescentado ao refogado de temperos. Para terminar, os temperos são misturados ao feijão e fervidos juntos por mais meia hora. Proceda dessa forma e tempere a gosto. Você economizará gás de cozinha.
Feijoada
Feijoada é um prato da cozinha brasileira. É feita da mistura de feijões pretos, carne de porco e farofa, entre outros ingredientes. É sem dúvida, um dos pratos mais populares do Brasil. Pudera, não há como resistir ao sabor do feijão mais bem temperado e repleto de ingredientes como: orelha, pé, costelinha, rabo de porco, pimenta, louro... Para acompanhar: farofinha, laranja e muita couve refogada. Feijoada não é só carne de porco e feijão preto. Há versões adaptadas por estrangeiros e outras inventadas por amantes da cozinha.
Valor nutricional de feijão
Descrição do Alimento |
Umidade |
Energia |
Proteína |
Lipídeos |
Colesterol |
Carboidrato (g) |
Fibra |
Feijão, carioca, cozido |
80,4 |
76 320 |
4,8 |
0,5 |
NA |
13,6 |
8,5 |
Feijão carioca, cru |
14,0 |
329 1377 |
20,0 |
1,3 |
NA |
61,2 |
18,4 |
Feijão, fradinho, cozido |
80,0 |
78 326 |
5,1 |
0,6 |
NA |
13,5 |
7,5 |
Feijão, fradinho, cru |
12,7 |
339 1419 |
20,2 |
2,4 |
NA |
61,2 |
23,6 |
Feijão, jalo, cozido |
75,8 |
93 388 |
6,1 |
0,5 |
NA |
16,5 |
13,9 |
Feijão, jalo, cru |
13,5 |
328 1372 |
20,1 |
0,9 |
NA |
61,5 |
30,3 |
Feijão, preto, cozido |
80,2 |
77 322 |
4,5 |
0,5 |
NA |
14,0 |
8,4 |
Feijão, preto, cru |
14,9 |
324 1354 |
21,3 |
1,2 |
NA |
58,8 |
21,8 |
Feijão, rajado, cozido |
77,9 |
85 354 |
5,5 |
0,4 |
NA |
15,3 |
9,3 |
Feijão, rajado, cru |
15,0 |
326 1363 |
17,3 |
1,2 |
NA |
62,9 |
24,0 |
Feijão, rosinha, cozido |
82,6 |
68 284 |
4,5 |
0,5 |
NA |
11,8 |
4,8 |
Feijão, rosinha, cru |
12,0 |
337 1410 |
20,9 |
1,3 |
NA |
62,2 |
20,6 |
Feijão, roxo, cozido |
80,0 |
77 322 |
5,7 |
0,5 |
NA |
12,9 |
11,5 |
Feijão, roxo, cru |
12,6 |
331 1387 |
22,2 |
1,2 |
NA |
60,0 |
33,8 |
Dicas e Truques
Uma fatia de pão no recipiente do feijão deixa-o mais seco.
Feijão sem caruncho Para evitar que o feijão crie caruncho, guarde uma fatia de pão na recipiente. Deixe-o sempre tampado
Para calcular a quantidade do feijão cru por pessoa, você deve medir 2 xícaras (chá) de feijão para 4 pessoas.
Demolhação rápida de feijão: No caso de não ter deixado o feijão de molho na véspera poderá optar por uma demolhação rápida: ponha o feijão numa caçarola com água não temperada e cozinhe durante 5 min. Retire depois do lume e deixe repousar durante uma hora. Por fim escorra e passe por água fria.
Coloque o feijão de molho, de véspera, e adicione uma colherinha de fermento em pó. Ele ficará mais macio.
O feijão, antes deixado de molho, cozinhará em 30 minutos com a panela tampada.
Um pouquinho de bicarbonato de sódio no feijão acelera o seu cozimento.
Os feijões ficam mais macios, quando levados ao fogo em água fria e cozidos lentamente. Ao adicionar mais água, não se esqueça de que ela deve ser sempre fria.
O feijão ficará mais macio se você colocar algumas gotas de azeite enquanto ele estiver cozinhando.
Para engrossar o caldo e evitar que o feijão fique cozido demais, basta adicionar uma pitada de bicarbonato de sódio e água, e só colocar o sal depois que os grãos estiverem cozidos.
Como engrossar o feijão? Para engrossar o caldo de feijão, basta colocar uma xícara de água fria, depois de seca a primeira água.
Para que o feijão fique mais saboroso: junte, no momento de levar ao fogo, um nabo pequeno e uma folha de louro amarrada com raminhos de salsa e cebolinha verde. Para os que preferem alimentos mais fortes, pimenta-do-reino moída na hora é um tempero que vai muito bem com feijão.
Feijão rápido: coloque a água para ferver na panela de pressão. Enquanto isso escolha o feijão e lave-o rapidamente. Ponha na panela e deixe ferver por 5 minutos. Desligue e deixe descansar por 15 minutos. Em seguida acenda o fogo novamente e em 10 minutos estará perfeitamente cozido.
Tempere o feijão, colocando a cebola primeiro na fritura. Só quando ela já estiver dourada acrescente o alho. Assim ele não queimará.
Feijão diferente: Experimente variar o feijão colocando um tomate ou algumas colheres de purê de tomates. Vai ficar mais bonito e saboroso.
Acrescente ao feijão temperado coentro picadinho, três minutos antes de apagar o fogo.
Queimou o feijão? Para tirar o gosto de queimado do feijão: coloque na panela uma cebola inteira lavada e descascada e deixe cozinhando com o feijão.
Feijão salgado? Se salgou demais o feijão, é só colocar uma cebola inteira, com casca e tudo para cozinhar junto.
Se o feijão ficou muito salgado, adicione algumas folhas de couve. A couve absorverá o excesso de sal e dará um ótimo sabor ao feijão.
Para tirar o cheiro de queimado do feijão, umedeça um pano e coloque na panela como se fosse uma tampa. Quando o feijão ferver, o cheiro ficará retido no pano.
Para que a casca do feijão não entupir a válvula da panela de pressão, coloque na água um pouco de azeite.
Para preparar um tutu de feijão bem homogêneo, sem os caroços de farinha de mandioca, faça à parte, uma pasta não muito líquida de farinha com água. Depois, vá misturando ao feijão, já passado no liquidificador.
A sopa de feijão ficará mais gostosa se for temperada com um pouco de vinagre ou molho de soja.
Salsinha e cebolinha picadas são ótimos temperos para a sopa de feijão-preto.
As sobras de feijão podem ser usadas para tutu, mexido, sopa, salada e feijão tropeiro.
Se o feijão queimar, passe tudo para outra panela e junte umas rodelas de cebola que o gosto de queimado desaparecerá.
Para evitar que o feijão crie caruncho, coloque um pedaço de pão dentro do recipiente em que se guarda os grãos.
Seu consumo deve ser evitado à noite, pouco antes de deitar, porque sua diges tão é mais demorada do que o normal.
Nem o feijão verde nem as suas sementes devem ser comidas cruas.
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Conhecendo os Alimentos - Farinha de Milho e Fubá
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A farinha de milho e o fubá são alimentos bastante difundidos e de ótima aceitação no mercado.
Farinha de milho - produto obtido pela torração do grão de milho, desgerminado ou não, previamente macerado, socado e peneirado.
Ela é muito utilizada na culinária brasileira em várias formas e o seu sabor é muito bem aceito pelos consumidores. É um produto de baixo custo e amplamente disponível no mercado. É uma rica fonte de carboidrato, contendo ainda ao redor de 10% de proteína. Do ponto de vista nutritivo, sua proteína é de baixíssima qualidade, por ser bastante limitante em lisina e em triptofano, que são aminoácidos essenciais na dieta. Por esse motivo e pela escassez de produtos protéicos de baixo custo e alto valor nutritivo, tem havido uma busca permanente de novas fontes de proteína que atendam aos quesitos de baixo custo de produção e alto valor protéico
Fubá - é uma palavra herdada dos africanos para designar farinha.Pó batido pela moagem fina do milho cru, seco e debulhado é um tipo de milho duro, que é usado na produção de fubá.
Os responsáveis pela utilização intensa do milho foram os portugueses, eles transformaram a farinha produzida assim em deliciosos pratos.
Receitas Feitas à Partir da Farinha de Milho:
Bolos
Pães
Farofas
Biscoitos
Polenta
Receitas Feitas à Partir do Fubá:
Bolos
Papas
Mingaus
Pudins
Broas
Creme de milho
Dicas e truques
Quando acontecer de o angu ou a polenta queimarem, retire um pouquinho desse angu, coloque em cima de uma mesa ou tampa de pia, e ponha imediatamente a panela sobre ele. Continue a mexer o angu, até que a fumaça pare de sair. Retire então da panela.
Valor nutricional da farinha de milho
Descrição do Alimento |
Umidade |
Energia |
Proteína |
Lipídeos |
Colesterol |
Carboidrato (g) |
Fibra |
Farinha, de milho, amarela |
11,8 |
351 1467 |
7,2 |
1,5 |
NA |
79,1 |
5,5 |
Milho, fubá, cru |
11,5 |
353 1479 |
7,2 |
1,9 |
NA |
78,9 |
4,7 |
Conhecendo as Farinhas - Farinha de Mandioca
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Conhecendo as Farinhas - Farinha de Mandioca
A farinha de mandioca é usada como alimentação básica de muitos nordestinos. Muitos pratos brasileiros também ficam mais saborosos com a farinha. A farofa feita com manteiga (farofa de manteiga) e a farofa com azeite de dendê (farofa amarela) estão presentes em muitas mesas brasileiras.
A farinha constitui um dos principais produtos da mandioca, e seu uso é muito difundido em todo o país, fazendo parte da refeição diária de muitos brasileiros. É um alimento rico em carboidratos e fibras e, quando integral, contém um pouco de proteína, cálcio, fósforo, sódio e potássio.
A tecnologia de fabricação da farinha é simples, mas exige alguns cuidados no seu desenvolvimento. A seleção da matéria-prima adequada, a higiene e os cuidados durante todo o processo de fabricação, são fatores fundamentais para garantir um produto de qualidade.
O rendimento médio é de 25 a 30%, dependendo da variedade de mandioca e da eficiência dos equipamentos utilizados.
Para a fabricação da farinha de qualidade, o produtor precisa observar os procedimentos recomendados para o processamento de alimentos: localização adequada da unidade de processamento, utilização de medidas rigorosas de higiene dos trabalhadores na atividade; limpeza diária das instalações e equipamentos; matéria prima de boa qualidade; tecnologia de processamento, embalagem e armazenagem adequadas.
Valor nutricional da farinha de mandioca
Descrição do Alimento |
Umidade |
Energia |
Proteína |
Lipídeos |
Colesterol |
Carboidrato (g) |
Fibra |
Farinha, de mandioca, crua |
9,4 |
361 1510 |
1,6 |
0,3 |
NA |
87,9 |
6,4 |
Farinha, de mandioca, torrada |
8,3 |
365 1528 |
1,2 |
0,3 |
NA |
89,2 |
6,5 |
Receitas Feitas à Partir da Farinha de Mandioca
- Farofa
- Pirão
- Paçoca
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